Quadrilha que furtou Agências dos Correios em Ivinhema ostentava dinheiro


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CORREIO DO ESTADO

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Bando especializado em furto a agências dos Correios ostentava dinheiro com viagens, compras de bens materiais e não se preocupava em destruir provas. Dois integrantes da quadrilha foram presos e nos telefones celulares deles havia várias fotografias que comprovam envolvimento nos crimes, sendo que um deles foi em Ivinhema.

Em algumas imagens milhares de reais são exibidos no sentido de demonstração de poder e outras mostram viagem para a praia de Santos, em São Paulo, que fizeram dias depois da última ação criminosa, executada nos Correios das Moreninhas, no dia 4 de julho. Na ocasião, levaram R$ 84 mil. Fabrício da Costa Roland, 26 anos, e Felipe Douglas Ferreira, 24, foram presos no fim do mês passado e policiais ainda procuram por Gustavo Gasparino, 19, e Luiz Carlos Geovani, 31 anos.

 

De acordo com informações do delegado titular Edilson dos Santos, do Grupo Especializado na Repressão a Roubos a Bancos, Assaltos e Sequestros (Garras), a quadrilha era especialista em arrombar cofres, especialmente de agências dos Correios. Em algumas ações, ladrões chegaram a passar pelo menos quatro horas dentro das empresas. “Desligavam a chave geral da energia, que fica para o lado da rua, na sexta-feira e no domingo invadiam. Em dois furtos levaram cofres e nos demais que conseguiram concluir o crime levaram cerca de quarto horas para arrombá-lo”, citou a autoridade policial. Um dos cofres foi descartado vazio em córrego nas imediações do Bairro Itamaracá.

 

Foi comprovada participação dos criminosos em sete casos contra Correios, um delas na cidade de Ivinhema e as demais na Capital. Ao todo, o bando levou R$ 256,6 mil. “Foram quatro furtos consumados e três tentados, em que confessaram. Porém, não descartamos envolvimento deles em outros casos”, comentou o delegado Edilson.

 

PRISÕES

 

O grupo também é apontado na tentativa de furto à agência do Banco Santander, no mês passado. Inclusive, quando Felipe foi preso, no último dia 29, ele dirigia Audi que usou no crime.

 

O delegado Fábio Peró também da delegacia especializado e que acompanhou as investigações conta que a prisão dele foi possível depois que o Corsa que usaram nos furtos de Correios foi localizado perto do posto de saúde do Universitário. “Ele deixou o carro parado no local para despistar a polícia. Morava algumas quadras distante. No automóvel foram encontrados máscaras e objetos que usavam para os arrombamentos e também comprovante de compra que usamos para identificá-lo”, citou.

 

Peró explica que o comprovante foi levado até a loja e analisadas imagens do dia em que o criminoso esteve no estabelecimento. A partir de então, Felipe passou a ser monitorado. Fabrício foi preso no dia 30.

 

A dupla confessou participação nos casos e nos celulares deles foram encontradas diversas fotos ostentando dinheiro, viagens e carros. Nos aparelhos também havia vídeos com tutorial que ensinava como arrombar cofres. Citroën e moto XRE 300 cilindradas que teriam sido compradas com o dinheiro de origm ilícita foram apreendidos.

 

De acordo com o delegado Edilson, a quadrilha agia na Capital e é ramificação de forte organização criminosa do mesmo segmento do crime, no Mato Grosso. Táticas e estratégias praticadas pelo grupo, inclusive, foram apreendidas com o bando de fora do MS.

 

CORREIOS

 

Chefe de segurança dos Correios Marcio Nei Mendes conta que neste ano foram contabilizados 25 casos entre roubos e furtos, no Estado. Ao todo, o prejuízo com dinheiro levado gira em torno de R$ 1 milhão e com estrutura das empresas danificadas, pelo menos, R$ 50 mil.

 

Segundo ele, agora que a maneira como a quadrilha entrava nas agências foi descoberta -  com a energia interrompida, medida de segurança foi adotada. “Antes a gente pensava que fosse queda de energia como é normal acontecer, principalmente em cidades do interior. Entramos em contato com a nossa central e havendo qualquer queda eles nos avisam para que possamos tomar medidas imediatas”, comentou.

 

Apesar de ser competência da Polícia Federal agir em crimes contra Correios, a instituição não fez nenhuma prisão neste ano, conforme relatório do setor de segurança. A Polícia Civil do Estado prendeu 11 pessoas. Os dois presos foram encaminhados à sede da PF para serem interrogados. Depois, serão levados ao sistema prisional estadual.


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