'Volta, André' e 'Volta, Jerson' deram tom político no protesto

Reforma da previdência abriu guerra entre governo, deputados e servidores


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Clima de guerra na Assembleia Legislativa durante a votação da reforma da previdência, quando servidores públicos atacaram os deputados com moedas e notas falsas de dinheiro e impediram a sessão de ontem com invasão ao Plenário, indica como será a campanha eleitoral de 2018.

 

O desgaste é inevitável. Mas um fato político curioso marcou a manifestação da sessão de quarta-feira (22) e teve repercussão ontem. Um grupo gritava “Volta, André!”, “Volta, André!”, “Volta, André!”. E outro pedia “Volta, Jerson!”, “Volta, Jerson!”, “Volta, Jerson!”.

 

O “Volta, André” é referente às medidas adotadas pelo então governador, André Puccinelli (PMDB), em 2012 para evitar a sangria da Previdência. Daquele ano para cá, não se poderia mais tirar o dinheiro para pagamento de salário.

 

Os recursos arrecadados seriam reservados para os servidores que ingressassem no serviço público a partir de 2012.

 

E o “Volta, Jerson!” está relacionado ao então presidente da Assembleia Legislativa, deputado Jerson Domingos (PMDB) – hoje fora da política para exercer exclusivamente a função de conselheiro do Tribunal de Contas de Mato Grosso do Sul (TCE-MS) –, que conduziu as negociações e a votação das medidas de preservação da receita da previdência a partir de 2012.

 

Com a reforma, o governo do Estado pretende usar mais de R$ 250 milhões do caixa da previdência para o pagamento dos funcionários públicos inativos. 

 

Por causa dessa mudança na regra, ontem, os servidores acusavam os deputados aos gritos de “traidores”. A alegação dos defensores da reforma é de que a previdência vai quebrar se não promover as mudanças necessárias. Esta avaliação é do governo do Estado e dos parlamentares da base aliada. 


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