Ambulância quebra e por falta de UTI, gêmeos morrem na fronteira


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Aos 27 anos, Magaly Romero Ojeda comemorava a primeira gravidez e a chegada dos filhos gêmeos Pedro e Davi. Mas o que era para ser alegria se transformou em luto e revolta. Os meninos morrem logo após nascer por falta de estrutura de atendimento em Ponta Porã, a 325km da Capital, onde eles deveriam ter nascido.

 

“Eu estava com quase sete meses de gestação e durante a madrugada estourou a bolsa. Como eu não sentia nenhuma dor fui para o hospital. Chegando lá, viram que eu estava em trabalho de parto e iriam me encaminhar para Dourados, foi aí que a saga começou”, conta entre lágrimas.

 

De acordo com Magaly, a viagem que deveria ser de 50 minutos demorou mais de duas horas, pois a ambulância estava com problemas mecânicos. “Além disso teve o atraso de chegar o socorro no hospital. Era seis da manhã quando decidiram minha transferência, mas só às 9h chegaram para me buscar e no caminho a ambulância quebrou e chegamos em Dourados somente as 11h30”, conta como que revivendo os momentos.

 

Com a demora os gêmeos não resistiram. “Correram para fazer a cesariana, mas meus bebês não resistiram. Eles morreram tão perto de viver”, lamenta a mãe. Ela resolveu denunciar o caso, para que olhem com maior atenção a saúde na fronteira.

 

“O enxoval estava todo pronto, hoje o que resta é o luto e minha luta para que não aconteça com mais ninguém. Porque se tivesse um atendimento acessível ou não tivesse quebrado a ambulância, quem sabe o desfecho seria outro. São tantos se”, diz a mãe que hoje chora por ter enterrado os dois filhos.

 

Outro lado

 

Conforme noticiado pelo site Topmídia News, o secretário de saúde de Ponta Porã, foi procurado, mas ele não retornou às ligações.

 

No Hospital Regional de Ponta Porã que está sob o comando de uma OSS (Organização Social de Saúde) ou seja, terceirizado a informação é que a gestante foi regulada para Dourados e lá tods chegaram vivos. Não foi feito nenhum comentário sobre a ambulância quebrada.


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