Sem controle de doença, bebê é internado às pressas com leishmaniose visceral na Capital

Família não possui animais de estimação e está desesperada


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O alto fluxo de animais de rua no bairro Guanandi, em Aquidauana, e a falta de cuidado com a saúde pública podem ter prejudicado a vida de uma criança. Uma bebê de 10 meses precisou ser encaminhada às pressas para o Hospital Universitário (HU) de Campo Grande com quadro de leishmaniose visceral grave. Os pais lamentam a falta de prevenção em um dos bairros mais populosos do município.

 

Gilnevan Arguelho é morador da rua Manoel Antônio Paes de Barros e não possui animais de estimação. No fim do mês passado, a filha começou a apresentar febres diárias de 39 graus e roxos pelo corpo. A menina foi encaminhada para o Hospital Regional de Aquidauana, onde fez exames de sangue, urina e passou 9h tomando soro pela veia. 

 

O pai conta que, a princípio, os médicos desconfiaram que a alta temperatura corporal fosse devido ao nascimento dos dentes, mas os dias foram passando e roxos começaram a aparecer nas pernas do bebê. A queda nas plaquetas do sangue fez com que a criança apresentasse irritação e fosse novamente levada para o Regional.  Ao chegar na Unidade Médica, a paciente foi diagnosticada com suspeita de dengue e precisou ser encaminhada às pressas para o Hospital Universitário da Capital.

 

Ao ser internada no Centro de Tratamento e Terapia (CTI), foi confirmado o quadro de leishmaniose visceral grave – doença transmitida pela picada do mosquito que se alimenta de cães infectados. Esse tipo de leishmaniose afeta os órgãos internos, geralmente baço, fígado e medula óssea.

 

Ainda de acordo com os responsáveis pela criança, a Secretaria de Saúde nunca apareceu no bairro fazendo campanhas em prol da saúde pública. O pai acredita que o forte fluxo de chuva e a cheia no Rio Aquidauana também contribuem para a proliferação de outras doenças como dengue, zika e chikungunya.

 

“Minha filha saiu daqui com suspeita de dengue, nem o diagnóstico acertaram. Agora ela faz transfusão de sangue todos os dias e não tem previsão de alta. Já está há um mês sofrendo por causa de um descaso na saúde pública.”


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