Funcionária dispensada há 3 anos ainda não recebeu salário do Hospital Regional

Técnica de Enfermagem precisou acionar a Justiça para retirar o Fundo de Garantia


PUBLICIDADE

Uma ex-técnica de enfermagem do Hospital Regional de Aquidauana luta na justiça há 3 anos para receber o que tem de direito, conforme as leis trabalhistas, pelos serviços prestados à Unidade Médica. Eliane Vedovati Da Silva afirma que foi contratada em caráter de Consolidação das Leis do Ttrabalho (CLT) durante cerca de 8 anos e, na hora de receber os valores da rescisão, o que ouviu foi “aqui, para receber, tem que entrar na justiça”.

 

A via sacra da profissional iniciou, segundo ela, em agosto de 2015 quando foi chamada até a sala dos Recursos Humanos para assinar o aviso prévio após 7 anos e 5 meses trabalhando no Regional. O motivo do desligamento, alegado pelo responsável do Rh na época, seria um impasse na troca de horário do plantão de Eliane.

 

“Eu estava trabalhando há 3 anos no horário noturno quando começaram a me pressionar para trocar para manhã. Como eu tinha uma rotina, um filho de 8 anos e meu marido também trabalha, eu não tinha como mudar. Assim que voltei das férias, me colocaram de surpresa no período vespertino e eu não concordei.”

 

Ainda de acordo com a técnica de enfermagem, o combinado foi que ela passaria o mês do aviso prévio (agosto) em casa e, quando faltassem 15 dias para o término do período, ela voltaria até o Regional para receber o mês, a rescisão e assinar o desligamento na Carteira de Trabalho. 

 

O acordo teria ficado apenas na teoria. Eliane afirma que no dia combinado ligou para Neli, líder do Rh, e foi informada que a Instituição não tinha dinheiro para pagar o que lhe era de direito e que, caso quisesse receber, deveria entrar com uma ação judicial.

 

“Ela me disse que não iam pagar porque não tinham dinheiro e que lá ninguém recebia se não entrasse na Justiça. Ela queria que eu levasse minha Carteira de Trabalho para eles darem baixa sem me pagarem o que me devem, mas não levei. Achei mais seguro procurar um advogado.”

 

Sentindo-se lesada, ela procurou um advogado e conseguiu regulamentar a situação no Registro somente após ordem judicial. Durante audiência, realizada em fevereiro de 2016, Eliane conta que o representante do Hospital alegou que não pagaria porque a Instituição Médica não possuía dinheiro para o acerto.

 

“Eu só consegui pegar meu FGTS e meu Seguro Desemprego quando o juiz mandou. Agora, o dinheiro do último mês e do acerto, eu espero até hoje.”


Nos siga no




PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE