Ex-vereador de Ponta Porã nega ter dito que Odilon ‘negociou’ com condenado


PUBLICIDADE

TOPMIDIANEWS

O ex-vereador de Ponta Porã, César Mattoso, do MDB, negou na manhã desta quarta-feira (4), ter concedido entrevista ao jornal paraguaio ABC Color, e que “jamais” conversou com Cândido Figueiredo, repórter que produziu material em que narrou que o juiz federal aposentado Odilon de Oliveira, pré-candidato ao governo de Mato Grosso do Sul pelo PDT, teria, supostamente, recebido quantias em dinheiro para favorecer um influente político do partido Colorado da cidade de Capitan Bado, Carlos Rubén Sánches Garcete, conhecido como Chicharõ, fichado na polícia por tráfico de droga e lavagem de dinheiro.

 

“Não dei entrevista a ninguém e tão pouco comento esse tipo de assunto aqui na fronteira. Isso [reportagem] não sei o porquê envolveram meu nome na matéria, não conheço nem o envolvido [juiz aposentado] e nunca falei com esse Candido Figueiredo [correspondente do ABC Color]”, escreveu Mattoso ao TopMidiaNews por Facebook.

 

A reportagem do ABC Color, publicada na edição de ontem, terça-feira (3) já havia sido contestada pelo juiz aposentado, conforme publicou este site (ver logo abaixo).

 

“Acredito que estão usando meu nome, agora não sei o porquê. Moro no bairro da Granja [Ponta Porã] desde que nasci na mesma casa e na mesma rua há 40 anos, minha família mora toda aqui há mais de 60 anos, e jamais eu faria um comentário ou daria entrevista falando de um assunto que não me diz respeito, ainda mais aqui na fronteira onde quem fala muito dá bom dia a cavalo”, concluiu o ex-vereador.

 

O TopMidiaNews tentou conversar com o correspondente do ABC Color, em Pedro Juan Caballero, Cândido Figueiredo, mas até a publicação deste material não tinha conseguido. 

 

O repórter é correspondente do maior jornal paraguaio na região há mais de duas décadas e anda sob a proteção policial diante das seguidas ameaças que recebera que grupos ligados ao crime organizado.

 

Veja aqui a manifestação do juiz aposentado acerca da reportagem

 

Em resposta a uma matéria publicada pelo jornal paraguaio ABC Color, nesta terça-feira, 3 de julho, o juiz federal aposentado Odilon de Oliveira lamenta não ter sido ouvido pelo órgão de imprensa, como é prática do jornalismo sério e ético. E mais estranho ainda é o jornal ouvir um político de Ponta Porã, do Partido (MDB) de um dos adversários dele na pré-campanha ao governo de Mato Grosso do Sul, para acusá-lo sem qualquer prova.

 

Neste sentido, a assessoria jurídica do juiz Odilon vai tomar as providências judiciais para que a pessoa que o acusou apresente as devidas provas, sob pena de responder por crimes de calúnia e difamação e por danos morais. No caso em questão, o juiz Odilon condenou o sr. Carlos Rubén (réu citado na matéria) a 4 anos de prisão, por lavagem de dinheiro. A pedido da defesa e com base na legislação brasileira e paraguaia, foi autorizado o cumprimento de sua pena no país vizinho. As demais informações constantes da matéria são falsas e os responsáveis pela veiculação responderão de acordo com a legislação.

 

Da mesma forma, a legislação (art. 16 da Lei de Imprensa, art. 5º, V, da Constituição Federal, dentre outras normas) prevê responsabilidade penal e reparação por danos morais em relação a quem republica matéria falsa. No mesmo sentido é a Súmula 221 do Superior Tribunal de Justiça: “são civilmente responsáveis pelo ressarcimento de dano, decorrente de publicação pela imprensa, tanto o autor do escrito quanto o proprietário do veículo de divulgação”.


Nos siga no




PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE