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Por vingança, pedreiro atraiu e assassinou vereador de Alcinópolis
CAMPO GRANDE NEWS
Os acusados de envolvimento no assassinato do vereador de Alcinópolis, Carlos Antônio Carneiro (PDT), foram ouvidos nesta quinta-feira (17), na 2ª Vara do Tribunal do Júri de Campo Grande. Irineu Maciel confessou que ligou três vezes para Carneiro antes do crime. Conforme Maciel, ele se passou por um empresário querendo abrir um frigorífico em Alcinópolis.
As ligações foram feitas por Maciel com objetivo de atrair Carneiro para frente do hotel, na avenida Afonso Pena, em Campo Grande, onde aconteceu o assassinato. A investigação aponta Maciel como o atirador. A motocicleta usada para executar carneiro era pilotada por Aparecido Souza Fernandes.
Os dois foram presos pouco tempo depois do assassinato. Maciel apontou o cunhado, Valdemir Valsan, que também está preso, como mandante do crime. Entretanto, Fernandes e Valsan negam envolvimento.
Pelo depoimento de Maciel, o crime teria sido motivado por vingança. Ao pedir uma passagem, Maciel teria sido humilhado por Carneiro. De acordo com a versão de Maciel, Carneiro o chamou de vagabundo e mendigo. “Por isso, resolvi matá-lo”, confessou.
Durante o interrogatório, Maciel negou, a delação premiada, que é um benefício legal concedido a um criminoso que aceite colaborar na investigação ou entregar seus companheiros.
VALSAN – O acusado de ser o mandante do crime também foi ouvido. Valsan nega qualquer tipo de envolvimento no crime e diz que não sabe por que foi preso. Valsan também disse que Maciel matou Carneiro por vingança, pois teria sido humilhado.
Ainda em depoimento, Valsan disse que não sabe por que Maciel envolveu o nome dele na trama. Segundo Valsan, Maciel chegou a pedir perdão pelo feito. Maciel teria confidenciado que fez duas loucuras, a primeira teria sido matar Carneiro e a segunda envolver Valsan.
Após os interrogatórios, que foram acompanhados por familiares de Carneiro, a defeso solicitou prazo para tentar a liberdade de Valsan. O juiz Aluízio Pereira dos Santos concedeu cinco dias até a apresentação das alegações finais. A decisão se os acusados vão a júri popular deve ser divulgada até o começo de abril.
O CRIME – A vítima foi assassinada a tiros por volta das 13 horas do dia 26 de outubro de 2010, em frente o hotel Vale Verde. A investigação aponta para uma emboscada. Carneiro chegou ao hotel e disse na recepção que alguém o esperava para almoçar.
Carneiro foi informado que no local ninguém o aguardava e que ali não servia almoço. Ao sair do local ele recebeu uma ligação no celular e instante depois foi morto ainda em frente do hotel.