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Ciclista austríaco é condenado a dois anos de prisão por escândalo de doping sanguíneo
Envolvido no caso conhecido como "Operação Aderlass", Stefan Denifl esteve na Rio 2016 e foi condenado por fraude comercial grave e multa de quase R$ 2,3 milhões
GLOBO ESPORTE
O ciclista Stefan Denifl, integrante da seleção da Áustria nas Olimpíadas do Rio, foi condenado a dois anos de prisão nesta quarta-feira por fraude comercial grave e multa de quase R$2,3 milhões pela participação no escândalo de doping sanguíneo revelado na "Operação Aderlass".
O ex-atleta da UCI (União Ciclística Internacional) recebeu uma proibição de quatro anos em 2019, quando o caso veio à tona. Denifl, que representou a IAM Cycling e a Aqua Blue Sport durante sua carreira profissional, admitiu doping durante as audiências judiciais em 2020, mas negou as alegações de fraude. Denifl é o último atleta envolvido no caso a receber uma sentença de prisão.
Entenda o caso
A operação Aderlass ficou conhecida em fevereiro de 2019, quando a polícia austríaca fez buscas na sede da organização do Mundial de Esqui Nórdico, na Áustria, e em um consultório médico na Alemanha.
A rede de doping por via sanguínea foi criada pelo médico alemão Mark Schmidt, que dopava atletas de elite desde 2012. Schmidt negociava com seus clientes através de um chip de telefone da Eslovênia e exigia pagamento em dinheiro vivo. A entrega de sangue ou medicamentos manipulados para performance de atletas era feita em postos de gasolina.
Acredita-se que pelo menos 23 atletas estejam envolvidos na rede de doping sanguíneo na Alemanha e na Áustria. Segundo informações, cerca de 40 bolsas de sangue e outros itens associados ao doping foram apreendidos durante as batidas na Alemanha.
Diz-se que o sangue foi levado ao redor do mundo para a Alemanha, Áustria, Itália, Suécia, Finlândia, Estônia, Croácia, Eslovênia e o estado americano do Havaí.