Teoria da Conspiração: ataque foi obra dos próprios americanos?

Atentados de 11 de setembro teriam sido organizados pelos próprios Estados Unidos


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Uma das teorias mais conhecidas sobre os atentados do 11 de setembro afirma que os próprios EUA teriam comandado os ataques às Torres Gêmeas e ao Pentágono. O objetivo seria criar uma justificativa para enviar tropas para o Oriente Médio e liberar o acesso a territórios ricos em petróleo. A presença de George W. Bush como presidente e Dick Cheney como vice, ambos ligados historicamente à indústria petrolífera, foi um dos combustíveis para essa teoria. 

 

A suspeita de auto-atentados pode parecer estranha, mas há precedentes históricos. Em 1962, teria sido planejada uma série de falsos atentados em Miami, para justificar uma invasão a Cuba. A operação, chamada Northwoods, teria sido vetada pelo presidente John Kennedy.


Em casos assim, a suspeita sempre recai sobre a polêmica agência de inteligência dos EUA, a famosa CIA. Mesmo depois do 11 de setembro, quando ocorreu um atentado durante a maratona de Boston, em 2013, também levantou-se a suspeita de uma ação local, orquestrada pela CIA.

 

Voltando ao 11 de setembro, o foco da resposta americana no Oriente Médio seria o Afeganistão. O país abrigava Osama Bin Laden, líder do grupo terrorista Al Qaeda, que teria ordenado e organizado os ataques ao World Trade Center, Pentágono e Casa Branca.

 

O "inimigo público número um" dos EUA naquele momento, no entanto, nem sempre contrariou aos interesses americanos. Quando o Afeganistão foi atacado pela União Soviética, Bin Laden lutou ao lado dos Mujahidin, com apoio dos Estados Unidos. 

 

Depois disso, o mergulho cada vez maior de Bin Laden no radicalismo religioso e a presença de tropas americanas em locais sagrados da fé islâmica levaram o antigo aliado a se tornar um inimigo feroz.

 

Rompido com a Arábia Saudita(aliada dos EUA) e com um grupo a seu dispor bem treinado e bem armado, graças antigo apoio dos americanos, Bin Laden se refugiou no Sudão e criou seu grupo terrorista, elegendo Estados Unidos e Israel como seus inimigos preferenciais.

 

Expulsos do Sudão, os integrantes da Al Qaeda buscaram refúgio no Afeganistão, então já dominado pelo Talibã. Foi de lá que Bin Laden planejou e coordenou ataques contra às embaixadas estadunidenses no Quênia e na Tanzânia, em 1998, e ao navio de guerra USS Cole, em 2000. Em decorrência destes atentados, tornou-se o terrorista mais procurado pelo governo americano, antes mesmo do 11 de setembro.

 

O MonitoR7 ouviu um especialista sobre essa tese de auto-ataques em 11 setembro. Para Samuel Feldberg, doutor em Ciência Política e especialista em conflitos internacionais, esse teoria não faz sentido. "Considerando o contexto geopolítico da época, não havia interesse algum de invadir o Afeganistão, basta olhar como foi a ocupação americana", diz Feldberg.

 

O cientista político lembra ainda que em nenhum momento os EUA se apropriaram de recursos afegãos. Tanto que potências rivais, como China e Rússia, não se opuseram diretamente à ação americana.

 

No caso do 11 de setembro, não há prova de uma conspiração dentro do governo americano. Mas há provas do envolvimento da Al-Qaeda e há a confissão de Bin Laden, levada ao ar pela TV Al-Jazeera em 2004.


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