Carteira de dividendos: veja ações recomendadas por corretoras para fevereiro

Movimento de alta dos juros beneficia um cenário de migração de investidores para mercados emergentes


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CNN BRASIL / ARTUR NICOCELI DO CNN BRASIL BUSINESS

O ano começou com muita volatilidade nos mercados financeiros mundiais. O arrefecimento do crescimento econômico, a alta da inflação e as commodities foram fatores que impactaram os investimentos.

“A inflação de diversos países continua assustando, chegando a níveis recordes em muitos deles, levando os governos à retirada dos estímulos monetários e elevação da taxa de juros básica para tentar conter a alta dos preços', destacou a Planner.

Esse movimento de alta dos juros beneficia um cenário de migração de investidores para mercados emergentes e ligados as commodities, como o Brasil.

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Segundo a carteira da NuInvest, as commodities brasileiras seguem nos holofotes dos investidores diante de alguns fatores, como proteção contra inflação e liquidez suficiente para absorver o fluxo internacional.

“E o iminente conflito entre Rússia e Ucrânia tem feito com que o investimento em commodities – que antes era realizado – fosse distribuído, ao menos temporariamente, aos demais países como o Brasil'.

Dessa forma, empresas relacionadas a commodities estão entre as recomendações das carteiras de dividendos (parte do lucro de uma empresa que é repassado aos detentores de suas ações). Bancos e distribuidoras também aparecem na lista.

Carteira de dividendos

Para criar a carteira de dividendos deste mês, o CNN Brasil Business reuniu as recomendações de oito corretoras: Planner, Elite, Investmind, Ativa Investimentos, NuInvest, BTG Pactual, Órama e XP.

Vale destacar que o dividendo depende dos números da cada companhia e, portanto, está ligado a questões macroeconômicas, e também setoriais e individuais de cada empresa, com suas influências no desempenho corporativo. Podendo também ser pago de forma mensal, trimestral ou semestral.

Na contramão da carteira recomendada de dezembro e janeiro, em que a Taesa foi a empresa mais sugerida por bancos e corretoras, desta vez, três companhias dividiram o posto de ‘empresa mais indicada’: Vale, BB Seguridade e Engie.

Veja o que especialistas comentaram sobre as companhias mais indicadas nas carteiras de dividendos:

Ação: VALE3

Comentário: Investmind

A Vale é uma das maiores empresas de mineração do mundo e capturou o movimento de alta das commodities no primeiro semestre do ano. Com a queda brusca do preço do minério de ferro, chegando a US$ 90 a tonelada, o preço-alvo reflete um patamar mais baixo nas receitas da empresa ainda esse ano.

Entretanto, já observamos uma estabilização do minério em torno da média de US$ 120 a tonelada, em linha com nossas expectativas para a média anual e de longo prazo, então, ainda enxergamos um upside considerável para o papel.

Nos níveis atuais, a companhia segue apresentando múltiplos atrativos, com minério em torno de US$ 110 a tonelada ao longo do ano que vem, muito devido às novas expectativas de estabilização da economia chinesa com um crescimento mais lento.

Assim, seguimos com nossa tese de que Vale deve continuar a se mostrar eficiente na operação e apresentar alto dividend yield.

Ação: BBSE3

Comentário: XP

No mês de janeiro, as ações do Banco do Brasil tiveram uma performance acima do índice Ibovespa. Mantemos nossa recomendação de compra, pois acreditamos que o banco apresente uma assimetria de investimento positiva, com uma possível maior distribuição de dividendos.

Atualmente, projetamos um dividend yield de 8% em 2021 e 13% em 2022.

Ação: EGIE3

Comentário: Órama

A Engie é uma empresa com foco em geração de energia elétrica, mas também com participações em distribuição e em gás natural. Desde a privatização foi excelente pagadora de dividendos, bem como excelente alocadora de capital, entrando em projetos atípicos com alta taxa de retorno e tendo sucesso consistente.

Além das boas perspectivas associadas às iniciativas recentes no mercado de gás e em eólicas, recomendamos a ação nesta carteira especialmente pelos proventos recorrentes que a companhia paga aos acionistas.

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