Raia fica com máscara enrolada em focinho e morre no litoral de SP

A espécie encontrada morta é popularmente chamada de raia-viola ou raia-viola-de-focinho-longo


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MIDIAMAX/MARIA EDUARDA FERNANDES

Uma raia foi encontrada com uma máscara -acessório indispensável durante a pandemia da Covid-19- enrolada em seu focinho na Praia da Enseada em Guarujá no litoral de São Paulo.

 

A espécie encontrada morta é popularmente chamada de raia-viola ou raia-viola-de-focinho-longo. É um elasmobrânquio da família Rhinobatidae, comum na Baixada Santista sendo encontrado na última quarta-feira (2) pela equipe do Instituto Gremar, durante a ação pelo Projeto de Monitoramento de Prais da Bacia (PMP-BS). Os técnicos constataram que uma das alças da máscara estava presa no focinho da raia, causado lesões no animal.

 

Conforme o G1, a bióloga Rosane Farah, do Instituto Gremar, explicou que é provável que o animal tenha se prendido acidentalmente à máscara. “O próprio elástico ficou preso ao focinho, e ela deixou de se alimentar, e provavelmente foi isso que levou à morte do animal, além de impossibilitar a natação dele. Ele não conseguiu se locomover, porque tinha algo preso ao corpo dele”, explica.

 

Rosane alerta para que o descarte seja feito de maneira correta e consciente, e deu como exemplo da iniciativa de uma campanha iniciada no Reino Unido que tem ganhado força mundial: a "Elastic Cut". A ação é um incentivo para que as pessoas cortem as alças das máscaras após a utilização.

 

A atitude reduz a possibilidade de os animais ficarem presos ou enroscados, caso o material seja descartado incorretamente e chegue às águas de rios e mares. Os elásticos das máscaras podem enroscar no bico, nas asas ou nas patas dos animais. Além disso, eles podem ingerir a máscara, o que pode causar a asfixia do animal.

“É uma questão de saúde de todos. Todo resíduo descartado de forma incorreta é prejudicial. É um ciclo. Temos que mudar os nossos hábitos em relação ao nosso descarte [...] Todas elas [máscaras] são prejudiciais, é uma questão de saúde pública e saúde dos oceanos”, conclui Rosane.


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