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Dourados - Pais também se unem contra pulseira do sexo
DOURADOS AGORA
Associações de Pais e Mestres (APMs) de escolas públicas e particulares de Dourados estão se unindo para combater o uso da Pulseira do Sexo. O acessório vem sendo alvo de polêmica e já está sendo apontado como causas de estupros e mortes no Brasil. A ordem é tolerância zero em todas as escolas.
Depois que o Ministério Público proibiu o uso em sala de aula em Dourados, membros das APMs decidiram "arregaçar as mangas" e combater o assessório. Para isso, esta semana, estão se reunindo com as coordenações para discutir possíveis campanhas para alcançar pais e alunos no ambiente interno e externo da escola.
No Colégio Imaculada Conceição, direção e APM se uniram num trabalho de conscientização. De acordo com a vice-diretora, Marisa Boeno, desde fevereiro o uso do acessório foi proibido. De lá para cá, também foram distribuídos e-mails para a comunidade escolar, além de alertas e orientações sobre os riscos do jogo.
Membro da associação de Pais e Mestres, Maria do Carmo Alves Ximenes, conta que a APM promoveu palestras com profissionais da psicologia. "Durante as orientações, a psicóloga informou que o uso pode gerar o bulliyng na escola, um tipo de violência física ou psicológica de forma repetitiva", disse, observando que a escola pretende fazer novas ações, que estão sendo discutidas para levar informação à comunidade escolar. "A orientação é importante, porque quando ela acontece de maneira eficaz, acaba desestimulando o uso entre o próprio aluno", conta.
Para Gislene Scaliante, membro de outra APM, a escola discute nos próximos dias as ações que tomará em relação ao uso das pulseiras. Segundo ela, dentro da escola os alunos já foram orientados com trabalhos de conscientização. "O objetivo agora é alcançar os pais", relata.
Ela não descarta a realização de campanhas para atingir o público externo. "Talvez podemos até discutir esse tema com os pais, alunos e professores", disse, observando que a ideia só será concretizada se a escola decidir que existe esta necessidade, conta.
Como professora ela conta que o objeto é motivo para dispersão e euforia dos alunos. "Quando isso acontece levamos os alunos para a coordenação e fazemos todo um trabalho de orientação", disse, relatando que o público mais atingido com a "nova moda" são os adolescentes na faixa de 11 a 14 anos.
Como mãe, Gislene disse que ao tomar conhecimento acerca dos riscos orientou os filhos a não usarem o objeto. "Expliquei que se tratava de um jogo sexual e que quem usa as pulseiras corre riscos de ser vítima da violência", finaliza.