Governo Lula e Itamaraty são criticados por chamar assassinato de brasileiros em Israel de ‘falecimento’

Notas a respeito dos assassinatos de Ranani Nidejelski Glazer e Bruna Valeanu também não citaram o grupo palestino Hamas


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JOVEM PAN / JOVEM PAN

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), durante encontro com o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite / WILTON JUNIOR/ESTADÃO CONTEÚDO
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o Ministério das Relações Exteriores (MRE) tem recebido uma avalanche de críticas nas redes sociais, em especial no X (antigo Twitter), após publicarem notas a respeito dos assassinatos de Ranani Nidejelski Glazer e Bruna Valeanu, ambos de 24 anos, em Israel. Os dois estavam desaparecidos desde o último sábado, quando uma festa rave em que estavam foi alvo de bombas e invasão de membros do Hamas. Os internautas ficaram enfurecidos pois a nota oficial do Itamaraty não faz menção ao grupo terrorista e classifica como “falecimento” e “morte” o ocorrido com as vítimas. Os usuários do X inclusive adicionaram contexto à publicação do MRE, recurso da plataforma que adiciona observações da comunidade sobre conteúdos potencialmente falsos ou de desinformação.

“Ranani Glazer foi assassinado pelo grupo terrorista Hamas. Contexto adicional é necessário pois a publicação oficial do Itamaraty não deixa claro quem foi o responsável pela morte e isso deixa margens para dúvidas”, afirma a observação adicionada pelos leitores à nota publicada pelo Itamaraty no X. Outros internautas manifestaram seu repúdio nas respostas da publicação, entre eles, parlamentares de oposição ao governo. “Vergonha absoluta do Estado brasileiro. Declarar uma atrocidade homicida terrorista como mero falecimento, semelhante a uma morte natural, é desprezo e ofensa direta ao cidadão brasileiro. Só confirmam apoio e vínculo ao terror e ao crime”, escreveu o deputado federal Alexandre Ramagem (PL).

“Essas notas do Itamaraty são vergonhosas, abjetas, ridículas. ‘Morte de cidadã’? ‘Falecimento de cidadão’? Quem lê isso acha que morreram de morte morrida – como se diz no interior. Cidadãos brasileiros foram brutalmente assassinados num ataque terrorista do Hamas”, afirmou o deputado federal Filipe Barros (PL). Nas notas publicadas, o governo se solidariza com os familiares das vítimas e reitera “seu absoluto repúdio a todos os atos de violência, sobretudo contra civis”, sem citar que os ataques foram feitos pelo grupo palestino Hamas. Confira abaixo as publicações do governo e a reação de internautas.

Falecimento de cidadão brasileiro em Israelhttps://t.co/T9tGNGTjth pic.twitter.com/2HIZCS9Nng

— Itamaraty Brasil 🇧🇷 (@ItamaratyGovBr) October 10, 2023

Morte de cidadã brasileira em Israel: https://t.co/Ox1oJSbqbT pic.twitter.com/MYlQ9AusLz

— Itamaraty Brasil 🇧🇷 (@ItamaratyGovBr) October 10, 2023

Falecimento??? https://t.co/JD9cuyFS4M

— Wanderley Nogueira (@Wanderley) October 10, 2023

Essas notas do @ItamaratyGovBr são vergonhosas, abjetas, ridículas.

“Morte de cidadã'? “Falecimento de cidadão'? Quem lê isso acha que morreram de morte morrida – como se diz no interior. Cidadãos brasileiros foram brutalmente assassinados num ataque terrorista do Hamas. pic.twitter.com/mfPg7qbnF6

— Filipe Barros 🇧🇷 (@filipebarrost) October 11, 2023

Vergonha absoluta do Estado brasileiro. Declarar uma atrocidade homicida terrorista como mero falecimento, semelhante a uma morte natural, é desprezo e ofensa direta ao cidadão brasileiro. Só confirmam apoio e vínculo ao terror e ao crime. pic.twitter.com/Z14RdEIIzY

— Delegado Ramagem (@delegadoramagem) October 10, 2023

Falecimento?? O Itamaraty não consegue condenar o terrorismo que assassinou um brasileiro? https://t.co/9cu2FxwCE4

— Nikolas Ferreira (@nikolas_dm) October 10, 2023

Não foi um "falecimento", foi o assassinato de um jovem pelo grupo terrorista Hamas. https://t.co/w9MdkFnGk0

— João Amoêdo (@joaodamoedo) October 10, 2023


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