Cozinheira quer mostrar o gosto de MS durante festival


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CG NEWS

Cozinheira oficial do Festival América do Sul, a mestranda em Estudos Fronteiriços com tese sobre a Gastronomia Pantaneira, Dedê Cesco, quer divulgar Mato Grosso do Sul por meio da culinária.

Há três anos no evento, ela já atendeu aos camarins de artistas nacionais como Daniela Mercury, Zeca Baleiro e Zélia Duncan e sempre fez questão de incluir pratos regionais nos cardápios.

“É uma maneira de mostrar a hospitalidade que faz parte da nossa cultura”, explica Cesco, que trabalha 24h durante o festival.

Na próxima segunda-feira (26) ela já estará em Corumbá para reunir a equipe, enxuta, e iniciar os trabalhos que terminam apenas quando o evento for encerrado.

Ela aproveita o envolvimento com o festival para ressaltar o que há de bom no Estado, sob a tese de que a relação com os alimentos está intrinsecamente relacionada à cultura.

Cesco cita como exemplo o fato dos homens das cavernas sentarem-se ao redor do fogo para se alimentar e falar sobre as caçadas do dia. “Cultura e comida são duas coisas que não se separam”, defende.

A cozinheira revela que em uma expedição por fazendas do Pantanal pôde sentir a gentileza dos pantaneiros que sempre faziam questão de oferecer uma chipa ou algo que estivesse cozinhando.

“Essa hospitalidade do pantaneiro e do sul-mato-grossense é tocante e é isso que eu quero mostrar”, afirma.

Festival - O 7° Festival América do Sul terá início no dia 28 de abril deste ano, em Corumbá, e segue até o dia 2 de maio.

Ele terá expressões artísticas do Brasil, Argentina, Bolívia, Chile, Colômbia, Equador, Paraguai, Peru, Uruguai e Venezuela, além de artistas de projeção nacional, como Frejat, Roberta de Sá e Diogo Nogueira.

Os artistas encaminham com antecedência seus pedidos de comida e bebida. Apesar de não revelar as solicitações deste ano, a cozinheira que irá cuidar da alimentação e dos camarins adianta que não há nada que fuja aos padrões.

Dedê Cesco conta que além dessa lista encaminhada pelos artistas, costuma incrementar os pedidos de maneira peculiar, com aquilo que mais se adequa à personalidade de cada um deles. “Procuro sempre oferecer algum prato regional”, diz.

O arroz carreteiro oferecido a Zeca Baleiro em uma das edições rendeu até agradecimentos no palco. Vegetariana e em visita ao Estado durante época de frio, Rita Lee recebeu um caldo de feijão como incremento. Os sabores de MS são oferecidos de maneira alternada com os pratos solicitados.

No dia do show de Zeca Baleiro, o cardápio foi risoto de limão siciliano.

Vocação - Interessada em gastronomia desde criança, Cesco trata o ofício como uma arte, que pode ser conferida pelo tato, olfato, visão, paladar e ainda alimenta.

Para ela, todo o “ritual” de preparação dos pratos é imprescindível para que o resultado final seja satisfatório. “Tem uma troca de energia desde a escolha do ingrediente”, explica.

A carreira teve início com a organização informal de festas para amigos, por conta da familiaridade com a culinária. Depois ela aceitou convite para abrir um buffet em sociedade, e em 1993 inaugurou seu próprio restaurante.

“No primeiro ano recebi minha primeira estrela do Guia Quatro Rodas”, conta orgulhosa. Em 2002, o estabelecimento que alcançou projeção foi fechado após uma crise econômica e ela deu início a uma nova fase, a de treinamento para outras cozinheiras.

O trabalho de personal chef é feito a domicílio. A cozinheira vai à casa, monta o cardápio baseado nos gostos da família e depois que é aprovado, começa o ensinamento às cozinheiras.

O treinamento abrange desde o preparo dos alimentos à arrumação da mesa. "A arte da culinária é a única que nos permite percebê-la com todos os sentidos", completa.


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