Cheia do Rio Paraná traz grandes prejuízos a produtores rurais de Batayporã


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NOVA NEWS

Há cada ano que se passa, as cenas se repetem durante as épocas de chuvas no município de Batayporã. Com o grande volume de água que se acumula, a montante (acima do lago) formada pela usina Sérgio Motta, durante essa época do ano, faz se necessário que praticamente todos os vertedouros da hidrelétrica sejam abertos, causando uma grande enchente nas propriedades que estão ajusante, ou seja, na parte a baixa do grande lago.

 

A reportagem do Nova News esteve percorrendo boa parte da área alagada pela enchente e encontrou centenas de pessoas apavoradas com a situação que aquela região se encontra.

 

Muitos pecuaristas estão levando seus rebanhos para as estradas, nas regiões mais altas, aonde as águas não chegam atingir. Já outros não têm a mesma sorte e não conseguem retirar todo seu gado, ficando os mesmos ilhados e chegando a morrer de fome. Um dos proprietários tentou socorrer seu rebanho retirando através de caminhão, mas ficou ilhado e atolado e alguns animais morreram engaiolados.

 

Podemos observar durante a nossa passagem pelo local, vários animais mortos, uns por fome, outros até afogados. A estrada que da acesso ao porto São José está interditada, a balsa que faz a travessia está parada, pois com a enchente os veículos não conseguem passar, restando apenas os barcos para os moradores saírem do local.

 

“Há seis meses que estou morando aqui, nunca presenciei cenas como essa; as águas estão próximas à minha casa, já retirei todos os meus bichinhos, (referindo aos animais domésticos) agora se vier mais chuva acho que terei que sair dela”. Disse Edivaldo Lopes da Silva, morador em uma propriedade rural, as margens do Rio.

 

Já o pecuarista Mario Pilatti, que além de criar gado, também cultiva arroz na região, conversou via telefone celular com o Vereador Jorge Takahashi do município de Batayporã, que também se encontrava no local e segundo o próprio vereador o pecuarista disse não estar muito preocupado com os prejuízos, pois já ia fotografar tudo para mover uma ação de indenização contra a Cesp (Companhia Energética do Estado de São Paulo), pelos danos causados a sua propriedade. Segundo o capataz da fazenda, o maior prejuízo da propriedade, foi a perda de uma área de aproximadamente 130 hectares, onde o mesmo cultiva arroz irrigado.

 

A reportagem apurou que as várias ações tramitando na Justiça contra Cesp, com pedido de indenizações de produtores daquela região são principalmente de criadores e produtores de arroz.

 

Segundo Adailton Julião, engenheiro agrônomo da Secretaria de Agricultura do município de Batayporã, esse período de enchente é terrível para todos os proprietários que tem áreas naquela região, mas depois que as águas abaixam aí é que vem a parte crítica, pois para as pastagens se recuperar e ficar em condições de alimento para o rebanho, demoram em torno de 60 dias, este é o período de maior dificuldade para os pecuaristas deixar todo seu gado; afirma Julião.

 

Na ultima quarta-feira(6) o prefeito de Batayporã Edson Perez Ibrahim (PMDB), decretou estado de emergência no município, devido as enchentes causadas pelas águas dos rios Paraná e Bahia.


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