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Delegada é barrada no comando da PM por usar adesivo de candidatos da oposição
MIDIAMAX
A delegada Sidnéia Catarina Gonçalves Tobias, ex-chefe do Garras, foi impedida de entrar na manhã de hoje no portão principal do Comando da Polícia Militar, que também dá acesso ao prédio da Delegacia Geral de Polícia Civil - DGPC, onde trabalha.
Sidnéia disse que o motivo da proibição foi o fato de o automóvel de seu marido, um carro particular, ostentar adesivos dos candidatos ligados a Zeca do PT, ao governo, e Dagoberto Nogueira, ao Senado. Informada sobre a imposição ela argumentou que se dirigia ao trabalho e solicitou a liberação da entrada.
A policial afirma que um dos PMs de plantão foi "taxativo" ao dizer que ela não entraria no quartel e ainda fez gesto de retirar os adesivos de seu automóvel, por ordem, segundo ele, do Comando Geral.
Sidnéia narra também que reagiu dizendo que ele [plantonista] "não tocasse em seu automóvel" e, diante de sua ação, o PM chegou a ameaçá-la de autuação em flagrante.
A delegada se disse ter se indignada e perguntou ao policial: "O senhor vai me autuar por quê? Onde? Qual o motivo?". Nesse momento, segundo ela, foi informada por outros PMs que estavam na cancela da guarita que a determinação era do Comandante Geral.
Sidnéia argumentou aos PMs que não cometia crime algum, além do que desde a semana passada havia carros no pátio da DGPC com adesivos de candidatos. Mas, mesmo assim, foi impedida e orientada por um PM que, segundo ela, tratou-a "com educação" e sugeriu que ela e o marido usassem o portão da Academia da Polícia Civil, único meio de ela chegar ao local de trabalho. Ele acatou a determinação.
Logo que chegou ao prédio narrou o do fato ao Diretor Geral da Polícia. Segundo ela, o diretor disse que tinha acabado de saber do episódio e informou que já havia conversado por telefone com o comandante da PM, coronel Carlos David.
A partir de agora, segundo teria informado o diretor Jorge Razanauskas, os policiais civis, mediante identificação, voltarão a ter acesso na portaria da PM.
Inconformada com o que ela chamou de desrespeito ao seu direito constitucional de ir e vir e diante da arbitrariedade da medida, Sidnéia informou ao Midiamax que já encaminhou o assunto ao seu advogado para acionar judicialmente os responsáveis.
E para comprovar o "tratamento desigual", disse ela, encaminhou ao Midiamax fotografias de automóveis estacionados no pátio do quartel com adesivo de candidatos da base aliada do governador Puccinelli, candidato à reeleição.
A reportagem apurou que haveria uma recomendação, não oficial, do comando da PM determinando que os policiais, nem em seu prórpio carro, possam entrar no prédio da PM com adesivos de candidatos contrários à coligação encabeçada pelo atual governador, André Puccinelli.