Economia: Produção industrial brasileira tem 3ª queda consecutiva


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TERRA

A produção da indústria brasileira declinou em junho, acumulando três meses de retração já que o dado de maio foi revisto para baixo. A queda foi de 1% em junho contra maio, cujo dado foi revisado de estabilidade ante abril para recuo de 0,2%, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta terça-feira.

Ante junho de 2009, a atividade cresceu 11,1%, a menor desde novembro. Analistas consultados pela Reuters projetavam queda mês a mês de 1,1% em junho - com faixa de previsões entre baixa de 0,2% e 1,4% - e avanço anual de 11,8% - com estimativas entre 10,2% a 12,7%.

Nesses três meses de queda, o setor acumulou perda de 2%. No segundo trimestre na comparação com igual período do ano passado e com o primeiro, no entanto, houve crescimento, de, respectivamente, 14,3% e 1,4%.

O índice de média móvel trimestral recuou 0,7% entre junho e maio, interrompendo uma trajetória de crescimento de quinze meses.

Setores
"O recuo de 1%... teve perfil generalizado de queda, alcançando vinte dos vinte e sete ramos pesquisados e todas as categorias de uso", disse o IBGE em nota.

Entre os setores, os destaques mês a mês foram Outros produtos químicos (-4,4%), Máquinas para escritório e equipamentos de informática (-11,6%) e Alimentos (-1,6%).

Nas categorias de uso, a maior baixa ocorreu em bens de consumo duráveis, de 3,2%, seguida por bens de capital, que teve a primeira queda desde março do ano passado, de 2,1%, bens de consumo semi e não duráveis (-0,8%) e bens intermediários (-0,7%).

Na comparação anual, 22 dos 27 setores mostraram produção maior, com destaque para Veículos automotores (22,3%) e Máquinas e equipamentos (38,6%).

Entre as categorias de uso, sobre junho de 2009 a maior alta foi de bens de capital (26,8%), seguida por bens intermediários (12,1%), bens de consumo duráveis (6,8%) e bens de consumo semi e não duráveis (6,2%).

O arrefecimento da produção industrial foi uma das evidências da desaceleração da economia levadas em conta pelo Comitê de Política Monetária (Copom) ao reduzir o ritmo do aperto monetário em julho, quando elevou a Selic em 0,50 ponto percentual, para 10,75% ao ano, após dois aumentos de 0,75 ponto.

 


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