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Deputado acionará o MPE contra Artuzi por discriminação
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O deputado estadual Amarildo Cruz (PT) prometeu nesta manhã acionar o MPE (Ministério Público Estadual) contra o prefeito de Dourados, Ari Artuzi (PDT), por preconceito racial.
Ele também apresentou na sessão de hoje da Assembleia Legislativa moção de repúdio contra o prefeito. A proposta foi assinada ainda pelos deputados Pedro Kemp e Paulo Duarte, do PT, e Marquinhos Trad, do PMDB.
No último sábado, Artuzi concedeu entrevista ao programa "A Hora da Verdade", da Grande FM, e disse que estava “fazendo serviço de gente branca” ao se referir às obras de recapeamento da cidade.
“Nós estamos fazendo serviço de gente branca, serviço de gente. Antes, jogavam massa fria de cima do caminhão e socavam com o pneu", declarou, referindo-se às administrações anteriores.
Depois de apresentar a moção de repúdio, Amarildo fez questão de garantir que a proposta não tem pretensão política, já que Artuzi faz campanha para André Puccinelli (PMDB) em Dourados.
“Não estou preocupado com isso, sou militante do movimento negro e iria ao MPE fazer mover esta ação antes, durante ou depois da campanha”, afirmou.
Por meio de nota oficial à imprensa, Artuzi admitiu o erro, se desculpou pelo equívoco e disse que seus adversários estão justamente usando o episódio politicamente contra ele.
“Meus adversários mais uma vez tentam se aproveitar da situação para me prejudicar politicamente. Numa clara demonstração de desespero político, me acusam de racismo e ameaçam recorrer ao Ministério Público por palavras que indevidamente pronunciei. Entretanto, as pessoas que me conhecem sabem que não sou e nunca fui racista ou preconceituoso. Sempre trabalhei para atender a população mais necessitada de nosso município sem olhar cor, raça ou religião”, disse, por meio da nota.
“As pessoas que me conhecem sabem muito bem que não sei fazer discurso bonito e que a dificuldade para discursar nunca meu impediu de trabalhar incansavelmente em defesa do povo de Dourados. Reconheço que usei palavras indevidas que não devem ser ditas por ninguém, muito menos por uma autoridade pública, e peço desculpas a toda a população”, finalizou.