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Fiéis da Vila Popular entregam cargos após suspeita de escândalo sexual que envolve padre da paróquia
CAMPO GRANDE NEWS
Os fiéis da Paróquia Maria Medianeira das Graças, na Vila Popular, acompanham o desenrolar de um escândalo que causou a renúncia dos coordenadores pastorais no último dia 4 de agosto e virou caso de polícia. O padre G.P.N.N, de 39 anos, foi acusado de manter um relacionamento afetivo com um rapaz de 19 anos, que é casado. A Arquidiocese de Campo Grande confirma que houve a denúncia.
O jovem com quem o padre teria se envolvido diz que, após o caso ter sido descoberto, desistiu da relação. A decisão não teria sido aceita pelo pároco, acusado de ter ameaçado de morte o jovem. Ele conta que as ameaças foram registradas em Boletim de Ocorrência e a esposa teria confirmado as denúncias contra o padre. Os envolvidos chegaram a gravar declarações para uma rádio da capital.
No bairro, fiéis que frequentam a Paróquia contam que houve uma reunião entre o padre, os fiéis envolvidos e o arcebisbo da Capital, Dom Vitório Pavanello, no começo deste mês. Sem uma decisão, membros da comunidade católica que ocupavam cargos de coordenadores pastorais teriam entregado os cargos.
Segundo a Arquidiocese, a denúncia foi recebida e está em investigação. Somente após apurar todos os fatos o órgão máximo da Igreja Católica no estado vai se manifestar oficialmente sobre o assunto.
"A gente fica muito envergonhada, pois eles deviam ser o exemplo, mas se envolvem numa coisa terrível dessas. Com essa situação e o afastamento das pessoas que não aceitam o padre continuar impune, algumas atividades como a catequese já estão sendo prejudicadas", comenta uma das fiéis que frequentam a paróquia.
O padre acusado, procurado pela reportagem neste domingo (22), estaria celebrando missa em outra igreja da Paróquia. Outro padre, que atendeu à equipe, disse que não poderia se manifestar sobre o episódio, mas comentou que a esposa do rapaz envolvido no escândalo "nem na missa vai muito". Ele pediu o telefone da redação e disse que caso o padre acusado julgasse oportuno, entraria em contato.
Até o momento da publicação não houve manifestação por parte do eclesiasta, que foi ordenado em 30 de janeiro de 2009.