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A 30 dias da eleição, escândalo sobre quebra de sigilo vira protagonista da disputa
Os escândalos da quebra de sigilo de pessoas ligadas ao PSDB dominam a disputa eleitoral a um mês do dia do primeiro turno da eleição. O PT de Dilma Rousseff trava uma batalha contra o PSDB de José Serra, dos dois principais candidatos à Presidência. Enquanto isso, Marina Silva (PV) tenta convencer os eleitores de que o segundo turno deve ser disputado por duas mulheres.
Dilma – que na última pesquisa de intenção de voto aparece 24 pontos à frente de Serra – conta com a ajuda do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para subir a rampa do Planalto. Em queda na preferência do eleitorado, Serra abandonou o clima “ameno” e partiu para o ataque contra a petista. Como trunfo, Serra usa o caso da quebra de sigilo de pessoas ligadas ao PSDB e o acesso irregular a dados fiscais de sua filha, a empresária Verônica Serra.
O PSDB entrou com uma ação no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) para que o órgão investigasse a atuação da campanha petista no episódio. A ação dos tucanos, que foi negada pela Justiça Eleitoral, pedia como punição à petista a cassação de seu registro para disputar a Presidência.
Em ascensão nas pesquisas e com indicativos de que pode vencer a disputa no primeiro turno, Dilma foi orientada por Lula para não responder aos ataques tucanos. Agora, os ministros e membros da campanha petista é que devem rebater a ofensiva de Serra e do PSDB.
Marina Silva tenta convencer os eleitores a levarem a disputa para o segundo turno. Nos últimos dias, a candidata do PV tem afirmado que é preciso duas mulheres no segundo turno, quando dois candidatos têm o mesmo tempo no horário eleitoral do rádio e da televisão para apresentar seus programas.
A candidata do PV apostava no início da propaganda eleitoral para decolar nas pesquisas, no entanto, os últimos resultados mostraram que ela se manteve entre 8% e 12% das intenções de voto.
O candidato do PSOL, Plínio de Arruda Sampaio, teve destaque no primeiro debate entre os presidenciáveis na televisão. Na ocasião, Plínio mostrou sua candidatura como uma alternativa aos outros candidatos e passou a ser escalado para outros debates e entrevistas no rádio e na televisão. Mas a repercussão em torno da campanha de Plínio foi apenas uma “faísca” e ele não conseguiu decolar na disputa – o candidato se manteve com cerca de 1% das intenções de voto.