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Brasil e Argentina lutam para ir às quartas do Mundial de Basquete
GLOBO ESPORTE
Os ingredientes estarão todos em quadra. Uma rivalidade entre vizinhos. Duas seleções que perderam peças importantes ao longo da preparação. Outras que não estão no melhor de sua integridade física, mas não querem saber de perder. Amigos de uma vida, como Fabricio Oberto e Rubén Magnano, Luis Scola e Tiago Splitter, que terão de ver o outro eliminado. E uma pimenta que ajuda a dar ainda mais sabor ao confronto: um técnico que formou uma geração vitoriosa e agora, vestindo as cores do adversário, tenta mandar para casa os ex-comandados.
Nesta terça-feira, Brasil e Argentina escrevem mais um capítulo da rivalidade nas oitavas de final do Mundial de basquete. A seleção verde-amarela espera, desta vez, ver um final feliz.
Como se não bastassem todos os ingredientes, o Brasil ainda se dói das derrotas que sofreu nos últimos oito anos nas principais competições internacionais. A pior delas, unanimidade entre os seis que a vivenciaram, foi no Mundial de Indianápolis, em 2002. Lá estavam Leandrinho, Marcelinho, Alex, Varejão, Splitter e Guilherme. A seleção comandava o marcador diante de uma Argentina que ainda se recuperava de uma noite de comemoração após o histórico triunfo sobre os EUA.
Até que um grito de Andres Nocioni ajudou a acordar os hermanos e inibiu o rival. A oportunidade de avançar às semifinais tinha sido desperdiçada, e os vizinhos, comandados por Magnano, ficariam com a medalha de prata. Um ano depois, no Pré-Olímpico de Porto Rico, a derrota foi na segunda fase, por apenas dois pontos. No de Las Vagas, em 2007, nova chance perdida.
Quem passou por esses episódios não quer mais que a história tenha o mesmo final. E pra que ele seja feliz, os jogadores acreditam na voz de Magnano, na qualidade de jogo que mostraram diante dos americanos e na apresentação convincente sobre os croatas. Querem, com ajuda de um campeão olímpico, iniciar um ciclo tão vitorioso quanto foi o da Argentina sob o comando do treinador.
- Para mim, nesse confronto, o Brasil é o favorito. Sou o técnico e minha minha equipe sempre é favorita. Estamos alimentando o sonho de ir longe no Mundial – disse Rubén Magnano.
BRASIL: Marcelinho Huertas, Leandrinho, Alex, Anderson Varejão, Tiago Splitter, Marcelinho Machado, Guilherme Giovannoni, Marquinhos, Nezinho, Raulzinho, Murilo e JP Batista.
ARGENTINA: Pablo Prigioni, Carlos Delfino, Hernan Jasen, Luis Scola, Román González, Fabricio Oberto, Juan Gutiérrez, Leo Gutiérrez, Cequeira, Quinteros, Marcos Mata e Federico Kammerichs