MS
Reajuste chega de vez aos postos e gasolina fica R$ 0,10 mais cara no MS
A gasolina já ficou até dez centavos mais cara na Capital, com o reajuste 3% divulgado pela Petrobras na semana passada, e que agora chegou de vez aos postos . O campo-grandense que pagava em média R$ 2,999 pelo litro agora abastece por R$ 3,099. O aumento do preço do diesel foi de 5% para as refinarias, mas o reajuste nos postos também fica em torno de R$ 0,10 para o consumidor.
O preço do diesel comum chega a R$ 2,799 e do diesel adivitado a R$ 2,899. No interior do Estado, os preços ficaram ainda mais altos. Pesquisa do preço médio nos municípios na última semana divulgada no sábado (8) pela ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis) mostra que em Paranaíba o preço do litro da gasolina já chega a R$ 3,368, em Dourados a média é de R$ 3,253 e em Corumbá está em R$ 3,232.
O valor do aumento repassado ao consumidor pode sofrer alterações nos próximos dias segundo o Sinpetro (Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis, Lubrificantes e Lojas de Conveniência de Mato Grosso do Sul). O supervisor técnico da entidade, Edson Lazaroto, explica que o reajuste depende ainda da concorrência entre os postos. No primeiro momento, eles lançam um preço e e depois, lentamente, as coisas se adequam, mas acredito que vai ficar nesses patamares entre R$ 3,08 e R$ 3,14, o preço da gasolina, afirma.
A medida é para ajustar um rombo enorme na Petrobras, avalia Edson, ao esclarecer que não tem como o reajuste chegar menos expressivo ao consumidor, já que os posto de combustíveis apenas calculam o custo junto a refinaria e repassam aos clientes. A medida que o posto recebe o combustível com o valor reajustado vai repassando ao consumidor. É um aumento significativo, então não tem como absorver. O posto é o último elo na cadeia produtiva, ele é repassador do que acontece lá na frente, justifica.
Os motivos do reajute explicam a situação, mas não convencem o consumidor. É abusivo o aumento. O combustível é nosso, é do Brasil e nós estamos pagando esse preço, lamenta o funcionário público Severino Falcão, 56 anos, morador de Anastásio, onde o preço médio do litro da gasolina ultrapassa R$ 3,010. No interior o combustível chega mais caro por causa do transporte, mas isso aí nem adianta a gente ficar cuidando o preço, porque tem que abastecer mesmo, diz.
A tristeza é maior porque com o aumento do combustível, o consumidor já sabe que o preço de produtos e serviços também vai subir. O ruim é que vai subir tudo com isso. A passagem já vai subir também e não temos o que fazer, diz o padeiro Ledsmar Romero, 27 anos.