Capital
Greve nas escolas completa três dias e deixa pais preocupados com educação dos filhos
A greve que atinge parte das escolas da Reme (Rede Municipal de Ensino) de Campo Grande completou três dias nesta segunda-feira (10). Desde a quinta-feira professores iniciaram a paralisação e brigam para que a Prefeitura Municipal conceda o reajuste de 8,46%, conforme a Lei Municipal nº 5.189/2013.
Por causa do impasse 53 escolas da Capital estão totalmente fechadas, outras 5 funcionam de forma parcial. Ao todo a Reme é composta por 94 escolas. Os Ceinfs (Centros de Educação Infantil) também aderiram à greve, onde, das 100 unidades, 4 estão com as portas fechadas.
A situação já preocupa os pais. Além de a greve ter surgido logo no fim do ano letivo, o que atrasa a programação do calendário escolar, muitos trabalham o dia todo e precisam se virar para não deixar as crianças sozinhas.
A recreadora infantil Elayne Layne Ferreira de Oliveira, de 27 anos , diz que por sorte está de licença do trabalho e pode ficar em casa como filho Kauan, de apenas 6 anos. O menino está no 1º ano e estuda da Escola Municipal Plínio Mendes dos Santos, no Bairro Guanandi.
Ele estava fazendo um projeto de literatura e não podia perdem nenhum dia de aula. Agora invento algo para ele fazer, ler ou pintar em casa. Ele sente falta da escola e me pergunta quando haverá aula, comenta.
A situação também tem tirado incomodado Francielly Marques, 25. Ela é mãe de Vinícius, de 7 anos. Além das aulas normais, o garoto também faz reforço escolar na unidade onde estuda.
Estou em casa e posso ficar com ele, se estivesse trabalhando teria que ter gasto extra com babá. Me preocupo com a situação, por que ele precisa bastante das aulas de reforço da escola para se desenvolver melhor. Vinicius estuda no 2º ano do Ensino Fundamental da Escola Municipal Padre Tomaz Ghrardelli, localizada no Parque do Lageado.
Reposição das aulas
A secretária responsável pela Semed (Secretaria Municipal de Educação), Angela Maria de Brito, explicou que a paralisação dos professores da Reme pode atrapalhar o desenvolvimento dos alunos a atrasar as férias escolares. Se a greve permanecer a reposição das aulas deve ocorrer apenas em janeiro de 2015.
Conforme o cronograma das aulas, os alunos devem ter 200 dias letivos e existem apenas quatro sábados que ainda podem ser utilizados para a reposição de aulas, no entanto, dependendo do tempo de paralisação, o tempo fica comprometido e reposições só poderão ser realizadas em no início de 2015.