Pais são condenados por arremessar e matar bebê após discussão em MT


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O entregador André Luis Pinto de Souza, de 23 anos, e a mulher dele, TainaraCardoso de Araújo, de 21 anos, foram condenados pelo Tribunal do Júri pelamorte do próprio filho de um mês de idade, assassinado em 2014 em Cuiabá. Aaudiência ocorreu nesta terça-feira (14), onde foi estabelecida a pena de 19anos e seis meses de prisão em regime fechado para André e 12 anos e seis mesesde reclusão, também em regime fechado, para a mãe do bebê.


Segundo a denúncia do Ministério Público Estadual (MPE), ocrime ocorreu após uma discussão do casal no dia 3 de janeiro de 2014, na casada família, no Bairro Ribeirão do Lipa. Naquela ocasião André tomou a criançados braços da mãe e a arremessou contra um colchão que estava no chão. Osadvogados que defendiam os acusados alegavam que a situação se tratou de umacidente.


“O acusado arremessou seu próprio filho, indefeso nascituro,contra um colchão que se encontrava no chão da residência, sem ‘dó nem piedade’,como se fosse um objeto qualquer”, disse a juíza Monica Catarina Perri Siqueirana sentença.


De acordo com o MPE, os pais só levaram a criança paraatendimento médico após dois dias do ocorrido. Nesse período o bebê apresentoufebre, falta de apetite, choro e convulsões. A criança morreu depois de doisdias com traumatismo craniano.


“O laudo atesta que as lesões encontradas no corpo de Josuéforam produzidas com crueldade, em dias diferentes, com força suficiente pararomper camadas profundas e também superficiais da pele. Temendo ser preso pormaus-tratos ao filho, o acusado ficou protelando o socorro necessário enquantoa criança agonizava, o que perdurou durante dois dias e praticamente duasnoites, até que a criança faleceu”, recordou a magistrada.


O processo criminal revelou que a criança sofria maus-tratosconstantes e dormia sobre um edredom estendido no chão. Tanto é que em poucassemanas de vida o menino precisou ficar internado na Santa Casa de Misericórdiade Cuiabá após apresentar um quadro de pneumonia.


A defesa da mãe da criança argumentou que a acusada sofriade algum transtorno psicológico, porém, exames feitos comprovaram que eratotalmente capaz de compreender o que havia ocorrido.

“Quanto a sua personalidade, segundo o laudo psicológico, aacusada tem personalidade forte, disfarça bem os sentimentos, agindo de acordocom a sua conveniência, e demonstra agressividade. No decorrer da instruçãorestou também demonstrado que ela também mordia o seu filho”, pontuou a juíza.


O pai da criança deve cumprir pena no Centro deRessocialização de Cuiabá (antigo presídio Carumbé). Já a jovem vai permanecerna Penitenciária Feminina Ana Maria do Couto May.


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