Sem 13º salário, servidores da Prefeitura protestam nas ruas de Dourados


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SULNEWS

Servidores municipais fizeram uma passeata e um ato público hoje (21), em Dourados. Eles protestam contra o atraso no 13º salário. A data-limite foi ontem, mas a Prefeitura não depositou o dinheiro, nem informou quando o abono será pago. Desde outubro, a prefeitura adota escalonamento da folha salarial dos servidores, alegando falta de dinheiro.

 

O Sindicato Municipal dos Trabalhadores em Educação (Simted) acusa a Prefeitura de descaso com os servidores. Segundo a entidade, os profissionais da educação municipal estão revoltados com o atraso dos salários e agora do 13º. Na passeata, os manifestantes afirmaram que a falta do 13º prejudica o comércio.

 

“A categoria não acredita que Dourados, localizada no centro do agronegócio, possa estar em crise financeira. Até o momento, o Executivo não apresentou dados satisfatórios sobre o orçamento da educação e da administração como um todo. Nenhuma auditoria nas contas do governo foi apresentada”, afirma o Simted, em nota oficial.

 

Conforme o sindicato, os educadores acumulam perdas ao longo do ano. “Os salários atrasados e o não pagamento do décimo terceiro compromete a vida e o planejamento de milhares de famílias douradenses”.

 

PREFEITURA

 

Em nota distribuída nesta manhã, a prefeitura informou que vai começar a pagar ainda nesta semana o 13º salário dos servidores lotados na saúde e na educação. O secretário municipal de Fazenda, João Fava Neto, disse que não será possível pagar todos os funcionários “por conta da crise financeira que já é do conhecimento dos servidores e da população em geral”.

 

Para justificar a falta de dinheiro, a prefeitura alega que os planos de cargos, carreiras e remuneração do funcionalismo, aprovados no ano passado, aumentaram em R$ 64 milhões a folha salarial de 2017.

 

“Mantivemos contatos com bancos, em busca de financiamentos para o 13º, mas a rede bancária não abriu portas a Dourados, pois a carteira da prefeitura foi vendida pela gestão anterior, de 2016 até 2019, o que faz com que os bancos não tenham interesse em uma negociação”, explicou o secretário.

 

Segundo ele, com o dinheiro do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) será pago o 13º de 2.655 professores.

 

Já com a verba liberada pelo governo federal para a MAC (Média e Alta Complexidade) será possível pagar 1.072 profissionais da área da saúde, que recebem até R$ 3.400 líquidos.


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