Petistas de MS vão em caravanas a Porto Alegre acompanhar julgamento de Lula


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MIDIAMAX

Cerca de 200 militantes petistas e sindicalistas de Mato Grosso do Sul vão acompanhar pessoalmente o julgamento do recurso do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no processo do triplex, que será realizado nesta quarta-feira (24) em Porto Alegre. São três ônibus fretados, fora os que estão a caminho em carros particulares, segundo o presidente regional do partido, o deputado federal Zeca do PT.

De acordo com ele, os ônibus foram fretados pela Fetems (Federação dos Trabalhadores em Educação de Mato Grosso do Sul), MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) e CUT (Central Única dos Trabalhadores) e Aduems (Seção Sindical dos Docentes da UEMS). Todos saíram de Campo Grande na segunda-feira (23).

 

O deputado, que está em Brasília, pretende embarcar na tarde desta terça-feira (23) rumo à capital do Rio Grande do Sul. Zeca está otimista e acredita que ex-presidente será inocentado das acusações, pois acredita que não existem provas que o incriminem.

 

“A decisão que vai manter nosso Judiciário de cabeça erguida é a de reconhecer que não tem nenhuma prova concreta e absolver o Lula. Qual a prova que tem a não ser delação? A delação pela delação não prova nada”, afirmou o deputado federal ao Jornal Midiamax nesta terça.

 

Condenado em primeira instância pelo juiz Sergio Moro a nove anos e seis meses de prisão por corrupção e lavagem de dinheiro, o ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva terá sua apelação julgada pelo TRF4 a partir das 8h30 desta quarta-feira.

 

A condenação é referente à denúncia na 13ª Vara Federal de Curitiba por supostamente ter recebido propina da construtora OAS em troca de favorecimentos à empreiteira em contratos na Petrobras. O suborno, no total de R$ 3,7 milhões, teria sido pago com a aquisição e reforma de um triplex no Guarujá (SP) e no custeio do armazenamento de seu acervo presidencial.

 

Os advogados pedem a absolvição do petista, alegando que a condução do processo por Moro foi "parcial e facciosa". Já o Ministério Público Federal recorreu à decisão de Moro por entender que o ex-presidente deve ser punido por três atos de corrupção em concurso material — instrumento jurídico pelo qual as penas são somadas — e não apenas um crime de corrupção e um de lavagem de dinheiro, como entendeu o juiz na sentença.

 

Estão previstas manifestações favoráveis e contrárias ao ex-presidente em Porto Alegre, e foi montado um esquema de segurança especial, com reforço na segurança com atiradores de elite, cerca de 150 câmeras e bloqueio aéreo no perímetro de isolamento definido pelas autoridades no entorno do Tribunal Regional Federal da 4ª Região.

Seja qual for o resultado do julgamento — condenação ou absolvição —, o processo não se encerra nesta quarta-feira, já que cabem recursos ao próprio TRF4.


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