Pai de criança espancada até morrer não podia chegar a 300 metros da ex-mulher

Mãe do menino morto ontem tinha medidas protetivas estabelecidas pela Justiça contra Joel após acusar ser vítima de violência doméstica


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94 FM DOURADOS

Preso desde quinta-feira (16) por suspeita de participação na morte do próprio filho de apenas um ano e seis meses de idade, vítima de espancamento, Joel Rodrigo Avalo Santos, de 25 anos, não podia chegar a 300 metros de distância da ex-mulher, mãe da criança. Em março, um juiz de Nova Alvorada do Sul expediu medidas protetivas em favor da mulher, que acusou ter sofrido violência doméstica.

 

Praticante de artes marciais mistas, o MMA, Joel Tigre, como é chamado, tem luta marcada para o próximo dia 10 de novembro. Mas só poderá competir se as autoridades policiais e judiciárias concluírem que ele não tem culpa. Sua atual mulher, Jessica Leite Ribeiro, de 21 anos, também foi detida pela mesma suspeita que o levou para trás das grades. Nesta sexta-feira (17) ambos foram para audiência de custódia no Fórum de Dourados e o juiz converteu as prisões em flagrante para preventivas, sem prazo para acabar.

 

Nas redes sociais, em meio às diversas conquistas obtidas nos ringues e octógonos, Joel Tigre também exibe seu dia a dia de treinamentos, cotidiano em família – inclusive com o filho que morreu – e menções a Deus. “Ninguém derruba aquele que Deus escolheu para vencer”, consta na descrição de seu perfil, tomado desde ontem por pesadas acusações de pessoas que já lhe julgaram e condenaram.

 

No dia 5 de março, o juiz Jessé Cruciol Junior, da Vara Única de Nova Alvorada do Sul, expediu medidas protetivas de urgência da Lei Maria da Penha contra o lutador. Sua ex-mulher, mãe do menino morto ontem, o acusou de violência doméstica. Com o boletim de ocorrência em mãos, procurou a Justiça e conseguiu a decisão que poderia lhe garantir segurança. 

 

Conforme o despacho do magistrado ao qual a reportagem teve acesso, Joel Tigre estava proibido de manter “aproximação e contato com sua ex-mulher, familiares e testemunhas, por qualquer meio (telefone, mensagem, whatsapp, e-mail, etc) mantendo deles distância mínima de 300 (trezentos) metros”.

 

Contudo, as investigações atuais indicam que essa mesma mulher que pediu às autoridades proteção contra Joel Tigre o procurou há aproximadamente 10 dias para deixar com ele os dois filhos que tiveram, um deles o menino de um ano e seis meses morto ontem. Segundo o laudo do médico legista que examinou o corpo, o exame necroscópico apontou trauma de tórax, na costela, e até mesmo o rompimento do fígado, indícios que a polícia aponta como de espancamento. Joel e Jessica negam qualquer tipo de violência a afirmam que o menino passou mal antes de morrer.

 

 


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