Criança de 2 anos que teve dedinho amputado não deve voltar ao Ceinf onde se feriu em MS


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O menino de 2 anos que teve parte do dedo mindinho amputado após acidente em um Ceinf (Centro de Educação Infantil) da Capital não deverá retornar à unidade. De acordo com os pais, não há mais confiança para deixar a criança sob os cuidados da creche municipal.

 

“É a segunda vez que ele sofre algo do tipo. A primeira foi em 18 de abril deste ano. Ele perdeu a unha depois do dedo ficar preso na mesma porta. Só fui saber em casa porque foi feita uma anotação no caderninho dele. Perdemos a confiança totalmente. Não encontro outra justificativa a não ser negligência”, afirma a mãe do menino, a vendedora Victória Maria Krause, de 21 anos.

 

“Mas o que mais me deixou indignada é que quando eu cheguei na escola ele estava dormindo. Quer dizer, deve ter chorado de dor até dormir”, conta.

 

A criança, no entanto, recupera-se bem após ter passado por cirurgia chamada amputação traumática, já que o dedo foi esmagado com o impacto da porta. Ele está com o braço enfaixado e toma medicamentos para dor.

 

“Ele está bem, brinca, se comunica… Estamos conseguindo trocar o curativo e toma remédio para não sentir dor. Ele não entende o que aconteceu, então fica nas brincadeiras dele. O retorno será no dia 30”, completa a mãe.

 

Boletim de Ocorrência

 

A família, que registrou boletim de ocorrência ontem (23) por lesão corporal e pretende acionar judicialmente a escola. O menino já passou por exame de corpo de delito no IMOL (Instituto de Medicina e Odontologia Legal) de Campo Grande.

 

“Pretendo tomar as medidas administrativas e judiciais, porque não foi acidente de uma vez só. Tenho relatos de outras famílias que tiveram filhos machucados e na reunião de pais já foi apontado isso, que o número de funcionários era insuficiente. Estamos aguardando só o laudo médico conclusivo para entrar com a ação”, explica a vendedora.

 

Entenda o caso

 

O acidente ocorreu por volta do meio dia da terça-feira (21), no Ceinf Novos Estados, região nordeste da cidade. De acordo com Victória, ela estava no trabalho quando recebeu uma ligação do Ceif, avisando que o filho tinha sofrido um acidente. A criança teria tido o dedo imprensado na porta enquanto estava brincando no corredor da unidade.

 

De acordo com a escola, a mãe teria solicitado que aguardasse sua chegada ao Ceinf para que ela mesma levasse a criança para atendimento hospitalar, fato que teria demorado entre 15 e 20 minutos. Victória levou a criança ao Prontomed da Santa Casa de Campo gande, onde o menino foi medicado e passou por cirurgia.

 

Por meio de nota, a Semed (Secretaria Municipal de Saúde) afirmou que a diretoria do Ceinf já foi ouvida e que acompanha o estado de saúde da criança. A nota também traz que uma sindicância será aberta para a apurar a responsabilidade. Confira o posicionamento na íntegra:

 

“A Semed informa que está acompanhando o estado de saúde da criança e prestando todo o atendimento aos pais, através da Superintendência de Gestão e Normas – SUGENOR, que designou técnicos do Psicossocial para acompanhar o estado de saúde da criança no hospital e atender os familiares.

 

A Secretaria de Educação esclarece que a diretora da unidade já foi ouvida.

 

A Semed abrirá processo de sindicância para apurar a responsabilidade. Em relação ao atendimento à criança, a diretora ressaltou que ligou imediatamente para a mãe avisando que o ferimento era grave e que levaria a criança a um posto de saúde, seguindo o que estabelece o regimento de atendimento a emergências.

 

Segundo a diretora, a mãe solicitou que aguardasse sua chegada no Ceinf pois ela mesma disse que iria levar a criança ao atendimento médico. O fato está registrado em ata. O tempo em espera entre a ligação da diretora e a chegada da mãe na unidade levou em torno de 15 a 20 minutos.

 

De acordo com informações do boletim médico, o aluno [nome retirado pela edição], deu entrada no hospital no dia 21/08, às 12h30 e a alta foi dada no dia seguinte às 15h. Todos os fatos gerados dentro da unidade infantil do Novos Estados foram registrados em ata pela diretora da unidade”.


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