94% das pessoas podem ter herpes-zóster e a maioria não sabe: 4 sinais da doença


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PAULO NOBUO

A herpes-zóster, também conhecida como cobreiro, é uma doença infecciosa que aparece quando o vírus varicela-zoster, o mesmo causador da catapora, é reativado no organismo. A condição é caracterizada por bolhas cheias de líquido na pele que podem surgir em diversas partes do corpo, unilateralmente, ou seja, em apenas uma faixa de um dos lados do corpo.

 

Em uma entrevista para a reportagem da rede BBC, Maisa Kairalla, presidente da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia, afirma que a população brasileira é muito exposta ao varicela-zóster e que 94% está infectada com o vírus, mesmo sem saber.

 

Herpes-zóster e sistema imunológico

 

A herpes-zóster dá seus primeiros sinais quando o vírus armazenado nos gânglios nervosos volta a se manifestar por causa da baixa imunidade. Essa reativação já não causa mais a catapora, mas sim o quadro de herpes-zóster.

 

Pessoas com diabetes, HIV, câncer ou que fazem uso de medicamentos que reduzem a imunidade têm, portanto, mais chances de desenvolver a doença, que também pode ser ativada por excesso de estresse, já que a condição também compromete o sistema imunológico.

 

Sintomas de herpes-zóster

 

Os principais sintomas da doença são: dor, que pode ser bastante intensa, sensação de formigamento, coceira e vermelhidão da pele. O diagnóstico da herpes-zóster é obtido através de exame clínico, que avalia os sintomas do paciente, assim como suas lesões na cútis.

 

Herpes-zóster é uma doença grave?

 

A doença em si não é fatal, mas suas complicações incluem risco de morte. Entre as principais, está a neuralgia pós-herpética, que é especialmente perigosa para idosos. A condição é dolorosa, provoca perda de peso, depressão, pode durar vários anos e, em alguns casos, ser tão intensa a ponto de afetar movimentos do paciente.

 

Além disso, a herpes-zóster pode deixar sequelas, que vão desde simples cicatrizes até outras mais graves, como cegueira e surdez, se não for tratada corretamente.

 

Como é o tratamento da herpes-zóster

 

De modo geral, a lesão cutânea gerada pela doença regride sozinha, mesmo sem tratamento, entre sete e dez dias, mas o tratamento completo é importante para evitar complicações.

 

Quem sofre de baixa imunidade grave pode precisar fazer uso de antivirais aplicados diretamente nos vasos, mas na maioria dos casos o tratamento é feito com associação de medicamentos tópicos e orais.

 

A única maneira possível de se prevenir contra a herpes-zóster é tomando a vacina contra o varicela-zóster na vida adulta. A aplicação, no entanto, não é feita na rede pública de saúde e é indicada somente para pessoas com mais de 50 anos.

 

Vale ressaltar ainda que a vacina tem eficácia média de apenas 70%, ou seja, estima-se que três em cada dez pessoas que fazem a prevenção com a injeção ainda podem desenvolver a doença mesmo assim.


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