Ivinhema
Prefeito diz que médicos estavam há pouco em Ivinhema
Prefeito diz que médicos estavam há pouco em Ivinhema
CAMPO GRANDE NEWS
O prefeito de Ivinhema, Renato Câmara (PMDB), informou há pouco a reportagem que os dois médicos envolvidos em briga que acabou na morte de um bebê durante o parto, trabalhavam há pouco tempo no hospital do município.
Gislaine de Matos Rodrigues, 32 anos, foi internada dia 22 para ter sua filha. Quem faria o parto dela seria Sinomar Ricardo, mas no momento da operação, apareceu no local o médico plantonista Orozimbo Ruela, 49 anos, que começou a discutir com o colega na frente da gestante.
Orozimbo estava há 4 meses no hospital, diz o prefeito, e acompanhou Gislaine durante o pré-natal. Já o médico Sinomar atuava há um mês no local.
Na versão dele, talvez por medo de que fosse descoberta o uso de medicamento para induzir o parto, aplicado pelo colega, Orozimbo entrou na sala e disse que seria ele quem faria o parto, começando a confusão.
Sinomar esclarece que é contra práticas abortivas e que, quando sua esposa constatou os comprimidos na vagina de Gislaine e os retirou, as dores que ela sentia acabaram.
Punição - Renato Câmara disse que ainda não tem a informação se realmente foi encontrado esse medicamento na paciente. Ele considera o caso uma fatalidade e por isso, auditoria da Secretaria Municipal de Saúde, com apoio de profissionais que representam o SUS (Sistema Único de Saúde), em Mato Grosso do Sul, será feita no hospital para descobrir qual a responsabilidade sobre a morte do bebê.
Antes da contratação dos médicos, foram respeitados todos os trâmites, inclusive foi realizada consulta ao CRM/MS (Conselho Regional de Medicina do Estado), para verificação de possíveis implicações profissionais.
Ainda de acordo com o prefeito de Ivinhema, a placenta foi mandada para análise, assim como o feto para autópsia. “Os responsáveis por isso serão punidos”, explicou Renato.