Professor da UFGD é impedido de entrar em hotel, chama a PM e acaba preso


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MIDIA MAX

O professor universitário Cristiano da Silveira Longo, de 38 anos de idade, está em Dourados há pouco menos de trinta dias e neste período disse ter vivenciado situações nada agradáveis.

Cristiano é doutor em Psicologia e passou em um concurso para professor da UFGD (Universidade Federal da Grande Dourados). A chegar à cidade encontrou dificuldade para locar uma casa para morar e optou a morar provisoriamente no Hotel Íbis.

Na noite desta quarta-feira o professor acabou ficando preso numa das celas da DEPAC (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) de Dourados depois de uma confusão na recepção do hotel.

Cristiano conta que estava jantando com sua esposa e filha menor no Shopping Avenida Center e por volta das 23h resolveu retornar ao hotel. Lá chegando ele disse que ao tocar a maçaneta do seu apartamento descobriu que a fechadura estava bloqueada.

O professor foi então pedir explicações dos funcionários do hotel que lhe dissera que o bloqueio aconteceu por falta de pagamento. Cristiano disse que há trinta dias está hospedado no hotel de forma alternada sendo que desde o dia 21 está ocupando o apartamento diuturnamente tendo efetuado pagamentos no valor aproximado de R$ 2 mil. A última conta, segundo o professor, era de quase R$ 1 mil.

Cristiano achou que o bloqueio da porta do seu apartamento seria uma retaliação porque no dia anterior havia feito reclamações a respeito do ar condicionado que estava sujo e por dizer que iria acionar a Vigilância Sanitária.

O professor, a mulher e a filha ficaram sem lugar para pernoitar e por isso ele resolveu acionar a Polícia Militar com a intenção de “reaver seus direitos”.

Cristiano afirmou ao delegado Marcelo Batistela Damaceno que no momento da chegada da viatura da PM os policiais militares chamaram-no de “estelionatário” e “filho da puta”. “Ao invés de me defender os policiais me colocaram a força na viatura na presença da minha esposa e da minha filha”, disse o professor que acabou sendo levado para a Depac.

Na delegacia aconteceu mais uma confusão. Enquanto aguardava a lavratura do Termo de Declaração na ocorrência 1128/2011, o professor disse que foi em defesa de um menor que estava sendo inquirido por um policial. Neste momento Cristiano afirma que foi agredido verbalmente pelo policial civil Éderson Márcio que o prendou numa cela com traficantes e outros presos.

PROCESSO

O professor disse que vai processar o policial civil e os policiais militares que foram até o hotel. Com relação ao que ele considera “constrangimento” por te sido impedido de entrar no hotel ele alega direitos de permanecer hospedado tendo como base o Código de Defesa do Consumidor.

Cristiano disse que vai a Justiça reivindicar seus direitos e indenização por danos morais tendo em visa que o artigo sexto do Código do Consumidor afirma que é um direito básico do consumidor “a facilitação da defesa de seus direitos, inclusive com a inversão de ônus, a seu favor, no processo civil, quando, a critério do juiz, for verossímil a alegação ou quando for ele hipossuficiente, segundo as regras ordinárias de experiências”.

O professor disse depois de encontrar dificuldade para alugar um imóvel e da experiência negativa com os policiais e com o hotel, está pensando seriamente em abandonar o concurso e voltar para São Paulo, cidade onde morava.

Cristiano disse que diversos pertences de sua propriedade estavam sendo guardados no cofre do Hotel como máquinas fotográficas e outros utensílios, além do seu veículo Ecoesport que estava no estacionamento, perfazendo valores bem superiores ao valor das diárias que iriam ser pagas no dia seguinte.



 

A gerência do Hotel Íbis em Dourados disse ao Midiamax disse que não iria se pronunciar a respeito do acontecimento envolvendo o professor e que o caso foi repassado para o advogado da empresa resolver.
 


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