Agência de risco brasileira tira grau de investimento do país


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A agência de classificação de risco Austin Rating anunciounesta quinta-feira (23) que rebaixou a nota de crédito de longo prazo do Brasilem moeda estrangeira de BBB- para BB+. Com isso, o país perdeu o grau deinvestimento – espécie de selo de bom pagador e porto seguro parainvestidores – pelos parâmetros desta escala.


A Austin Rating é a maior empresa brasileira declassificação de risco de crédito e suas avaliações são destinadas quase queexclusivamente para investidores nacionais ou estrangeiros com operações dentrodo Brasil.


Na classificação feita pelas 3 principais agênciasinternacionais de classificação de risco (Fitch, Moodys e Standard and Poors),o Brasil segue com o mesmo grau de investimento (entenda as classificações noquadro mais abaixo).


No mercado, investidores trabalham com a perspectiva de umaredução da nota do Brasil (o rating soberano) pela Moodys para o últimopatamar dentro do grau de investimento. Os investidores temem, porém, que aagência atribua perspectiva negativa para a nota da dívida do país, o queaumentaria o risco de perda do grau de investimento no curto prazo.


A Fitch Ratings informou nesta quinta que irá reavaliar astendências fiscais do Brasil, ponto importante para sua decisão sobre serebaixará o rating de crédito do país, após o governo cortar a meta desuperávit primário (a economia feita para pagar juros da dívida) de 1,1% doProduto Interno Bruno (PIB) para 0,15%.


Justificativas para rebaixamento
A Austin Rating informou em seu comunicado que o rebaixamento da nota do Brasilestá fundamentado na acentuada e contínua piora dos resultados das contaspúblicas, com destaque para o baixo nível de superávit primário, que é incapazde reduzir ou neutralizar o avanço do endividamento público que resulta noelevado nível de déficit nominal. O déficit nominal ocorre quando osgastos são maiores que as receitas, considerando o pagamento de juros da dívidapública.


A agência destaca que a revisão da meta fiscal demonstrafragilidade na gestão das contas públicas, o que aponta para osinvestidores a continuidade da incerteza do retorno de seusnegócios.


A nota BB+ corresponde ao primeiro nível abaixo do grau deinvestimento e aponta para maior vulnerabilidade no curto prazo para se honrarcompromissos fiscais e financeiros.


Apesar do rebaixamento, a agência concedeu perspectivaestável para o rating. Em moeda local (ML), a nota do país foi rebaixada deBBB para BBB-, dentro do grau de investimento, com perspectiva estável.


A Austin destacou ainda a piora significativa epersistente dos fundamentos macroeconômicos do Brasil desde a últimarevisão do rating do país, feita em outubro de 2014.


As condições têm afetado de forma significativa osfatores de produção, em particular o nível de emprego no setor industrial, bemcomo o nível de confiança de consumidores e empresários que, por sua vez, têmreduzido fortemente os níveis de investimentos na economia brasileira comefeitos negativos sobre a dinâmica macroeconômica prospectiva. Ou seja, reduçãocontínua do potencial de crescimento do PIB brasileiro ao longo do tempo,avalia.


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