Com confusão entre alunos e polícia, CPI da Merenda aprova relatório final


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 A última sessão da CPI da Merenda na Assembleia Legislativa de São Paulo, na manhã desta terça-feira (13), foi marcada por confusão entre policiais e estudantes que foram retirados do plenário.

 

Por 6 votos a 1, os deputados da base de Geraldo Alckmin (PSDB) aprovaram o relatório final que trouxe indícios de crimes praticados por membros da Coaf (Cooperativa Orgânica Agrícola Familiar), por dois servidores da Assembleia e por um ex-chefe de gabinete da Casa Civil. O texto isentou políticos.


Um dos políticos citados por delatores no âmbito da Operação Alba Branca, deflagrada em janeiro deste ano, é o presidente da Assembleia, Fernando Capez (PSDB). A CPI concluiu que não havia indícios de participação dele no esquema.

 

Já Jéter Rodrigues Pereira e José Merivaldo dos Santos, ex-assessores do gabinete de Capez, foram indiciados sob suspeita de terem recebido dinheiro, direta ou indiretamente, de um contrato entre a Coaf e o governo estadual para fornecimento de suco de laranja para a merenda. O valor total dos contratos era de R$ 11,4 milhões.

 

Também foi indiciado o ex-chefe de gabinete da Casa Civil Luiz Roberto dos Santos, o Moita -exonerado da secretaria um dia antes de a Alba Branca ser deflagrada. Ele é apontado como suspeito de ter usado seu cargo para interferir em favor da Coaf. Hoje, ele trabalha na CPTM (companhia de trens), onde é servidor de carreira.

 

CONFUSÃO

A confusão foi no início da sessão da CPI. Em meio a gritos de estudantes, que assistiam à reunião do mezanino do plenário, o presidente da comissão, Marcos Zerbini (PSDB), mandou a Polícia Militar retirar do local dois estudantes.

 

Os policiais arrastaram os jovens, ligados a entidades do movimento estudantil, e entraram em conflito com os colegas deles e com deputados do PT, que queriam que os estudantes ficassem. A oposição protestou contra a medida de Zerbini.

 

"Inicialmente, eram dois que estavam ofendendo [os parlamentares]. Eles estavam xingando de ladrão, de bandido. Isso não pode ser tolerado", rebateu o presidente da CPI. Os dois jovens foram levados a uma delegacia de polícia próxima da Assembleia.

 


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